domingo, 29 de julho de 2012

Trechos de "Rema mar adentro", do Pe. Marcial Maciel


Vivo porque Seu olhar, o Seu amor, a Sua doutrina e todo o Seu ser me dão a razão suficiente e única para desejar viver; vivo com a aspiração e o sonho de poder oferecer uma prova do meu pobre amor, entregando a Ele todo o meu ser, livre e espontaneamente, e porque queria poder fazer algo para que muitos homens acreditassem Nele, O conhecessem, O amassem e gozassem da alegria inefável de saber que são filhos Seus, muito amados.

**carta de 5 de nov. de 1960

Deixe-se levar pelas inspirações do Espirito Santo com suavidade, delicadeza, constancia... e corresponda a tudo isso.

**21 de nov. de 1954

Maria vive entre dois pólos: "faça-se em mim segundo a tua palavra" (lc. 1, 38) e "a minha engrandece ao senhor" (lc. 1, 46); a aceitação, como acolhida do plano de Deus, e a alegria pelos dons recebidos, pela sua vocação e pelo seu destino providencial. Dentro desses dois polos decorre sua vida, com plena estabilidade de animo que lhe permite continuar fiel em todos os momentos, de Bélem ao Calvário, quando uma espada lhe transpassa o coração.

**2 de fev. de 1980

Pensem no muito que vocês recebram de Deus e no pouco que dão a Deus, o Criador, seu Redentor, seu melhor Amigo. Vejam o muito que pensam no dinheiro, no bem-estar, no conforto a todo custo, e o pouco que pensam nos outros.

**9 de maio de 1973

"Sem mim, nada podeis fazer." (Jo. 15, 5)

Nas batalhas, nem todos vêem a vitória; mas a luta ja é vitória: é nao aceitar uma posição morna, é reconhecer que se quer ser melhor, é não se contentar com a santidade adquirida, ou com os propósitos pronunciados ou escritos. Lutar é deixar de lado a teoria e levar a vontade à prática.

**18 de jul. de 1975
  
Deus quer que O amemos assim como somos, que O sigamos com os nossos defeitos, para a Sua graça brilhar em nós. (ref. Jer. 17,8) 
**5 de jul. de 1977

"Aproveite o sofrimento para se unir mais a Deus, que costuma provar desta maneira as pessoas que mais ama. Deus está perto da dor, seja moral ou fisica, pois Ele, em Jesus Cristo, também quis se identificar com o sofrimento humano, escolhendo a cruz para nos salvar. O sofrimento, por isso, nos purifica, nos torna mais agradáveis a Deus, nos educa na reta apreciação da vida humana e do seu sentido; ele nos fortalece, fazendo-nos desse material rijo, necessário para sermos autênticos, com uma missão pela frente e que, mesmo cheia de profundas satisfações, também vai nos proporcionar momentos de Calvário, já que quem segue a Cristo não pode levar uma vida diferente da Dele."

**22 de jul. de 1977

É um mistério o fato de Cristo ter unido, de forma tao admirável, a experiência da felicidade à experiência da entrega e da cruz. Não é o dinheiro, nem o prazer, nem o poder a origem da nossa felicidade, e sim a vivência de uma fé simples e autêntica. Não é o desleixo espiritual ou a comodidade o que satisfaz o homem, e sim a identidade entre o seu ser cristão e humano, no esforço de viver esse fim único do homem, que é Deus. Por isso, quem aceita a Deus feito carne em Jesus Cristo, O ama, O segue, O imita... está realizando esse anseio intimo da sua existência, sede de felicidade, de paz, de tranquilidade interior.

**20 de maio de 1978

Cruz e felicidade são inseparáveis. Essa é a insensatez da cruz para o mundo.

**14 de março de 19

Assim, na suprema solidão, na dor mais profunda, na aspiração sofrida da nossa alma e dos nossos desejos, na obscuridade da nossa razão, na ferida profunda da nossa vida, é quando encontramos a Deus que desceu até nós, que nos lavou, curou e que nos conduz ao novo encontro com a vida.

Só o homem que quer fugir de Deus voluntariamente, desvencilhando-se dos Seus braços, que nessa hora também não o violentam, é quem torna a própria vida um túnel escuro que chega a ser morte; Por sua vez, o homem que realiza melhor a sua personalidade é aquele que melhor sabe dialogar com Deus e com os outros, e que em nenhum caso quer se arvorar em mestre ou juiz; nem se considera superior aos outros; pelo contrário, está disposto a aprender de todos: das crianças, dos pobres, dos ricos, dos sábios, dos pecadores e dos santos.

Somente esse homem, que encontra e possui a Deus na imensidão da Sua grandeza e na pequenez da Sua simplicidade, pode chegar à sua plenitude humana e à integração perfeita da sua personalidade.

A nossa vida deve ser assim, uma unidade que, ao ser enxertada na vida de Deus, encontra a sua maturidade, crescimento e fecundidade, chegando enfim a ser o qUE é capaz de ser, dando esta vida que nos é dada, e que nós só merecemos quando a damos de novo.

**20 de fev. de 1975


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